Confira conselho de coaches
Por Karin Sato – InfoMoney
Falta de reconhecimento; salário baixo; excesso de trabalho; estagnação;competição entre membros da equipe; chefe que não sabe liderar; ausência de novos desafios; ambiente pesado; escassez de benefícios; injustiças; falta de oportunidades. Os motivos são muitos para os profissionais estarem insatisfeitos.
naquela pessoa que não quer encontrar. A esses profissionais, resta saber qual o melhor momento de se demitir, uma vez que a demissão parece já ter sido decidida.
coach e autor do livro “Executivo, o super-homem solitário”, Emerson Ciociorowski, não se deve largar o emprego assim, sem mais nem menos, ainda mais em tempos de crise econômica, como a que tem assombrado o mundo há mais de um mês.
Primeiro passo
Na avaliação do coach e conferencista em Desenvolvimento Humano e Diretor da UP Treinamentos e Consultoria, Carlos Cruz, o primeiro passo é descobrir a
fonte da insatisfação. Como já foi dito, existem inúmeras possibilidades. Pergunte a si mesmo: não suporto mais as políticas da empresa; meus colegas de trabalho; meu chefe; ou o que faço? É possível que algumas pessoas cheguem à conclusão de que estão insatisfeitas consigo mesmas, de forma que o problema não está fora, mas dentro.
Cruz propõe que o profissional pondere se está fazendo o possível para crescer na empresa; se está trabalhando apenas por dinheiro, sem gostar do que faz; se está buscando feedback e colocando suas opiniões. “Às vezes, a vontade de jogar tudo para o alto é uma desculpa inconsciente para não precisar entrar em ação”, diz ele.
Por exemplo, existem pessoas que não vêem a hora de mudar de emprego, mas apenas porque suas metas não são claras, de forma que não sabem o que é esperado delas. “Pense o que ainda é possível fazer na sua empresa. Será que, ao jogar tudo para o alto, não estará fugindo? O fato é que as pessoas, as empresas e o mercado não são como queremos que fossem”.
Plano B
“Se o profissional perceber que a empresa de fato não está de acordo com seus valores, deve buscar um plano B. Em outras palavras, ao pedir as contas, tenha outro emprego nas mãos. Para tanto, é necessário estar sempre
atento ao mercado”, analisa Ciociorowski.
Para ele, ter outro emprego nas mãos significa não ter o pudor de procurá-lo. “Existe um certo pudor por parte dos profissionais. Eles pensam: “não vou falar com o headhunter porque estarei sendo infiel à empresa; não vou à entrevista de emprego porque terei que mentir ao meu atual chefe”. Mas é preciso conduzir esse tipo de situação, sem medo de retaliações futuras. É necessário quebrar esse tabu. E é até bom que o chefe saiba que o profissional foi procurado por outra empresa. Os grandes executivos estão sempre conversando com diretores de outras empresas”.
Para conseguir esse plano B, é necessário utilizar o networking. Não tenha receio em perguntar aos amigos que atuam na mesma área que a sua se estão sabendo de alguma vaga. “Se o indivíduo não dá resultado, é sumariamente demitido. Então deve haver o outro lado da moeda”, diz o escritor.
“O que não recomendo é que o indivíduo se torne um desempregado procurando emprego, à mercê da sorte. Essa situação se agrava quando a pessoa não fez um planejamento financeiro. Já o problema com relação ao networking é que é muito comum os profissionais se dedicarem tanto à empresa que esquecem do mundo lá fora, se esquecem de cuidar de sua imagem no mercado, de cultivar os relacionamentos profissionais e de se vender”, acrescenta Ciociorowski.
O que você quer?
Não basta saber o que não quer. Não basta decidir se demitir. É necessário saber o que deseja para si. “É fácil dizer “eu não quero mais trabalhar aqui”, mas o que você quer?”, indaga Carlos Cruz. Antes de se demitir, mentalize as possibilidades existentes, o tipo de empresa em que deseja trabalhar, em qual ambiente, com quais profissionais.
“A gente tem que tomar muito cuidado com essa vontade de querer jogar tudo
para o alto. Afinal, você quer jogar tudo para o alto, porque não quer mais viver determinada situação ou porque quer fazer uma escolha mais alinhada com seus objetivos, valores e sonhos?”, finaliza Cruz.
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